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        Cores do Mundo chega para dar vida à Av. Rebouças

        Cores do Mundo chega para dar vida à Av. Rebouças

        O projeto Cores do Mundo, criado pela Estou Refugiado, segue colorindo a cidade de São Paulo. Desde o começo de julho, os artistas Israël Lavi e Shambuya trabalham em um painel na Avenida Rebouças, em Pinheiros,  em uma grande obra da construtora Pedra Forte. As cores intensas e as formas geométricas que se misturam com os rostos coloridos de personagens transmitem a emoção dos artistas. 

        Esse é o quarto projeto que vem preenchendo com cor, alegria e esperança o vazio dos tapumes das construções civis de São Paulo. Lavi participou da maioria até aqui. Com mais de 15 anos pintando na rua, ele ainda se emociona. “Não é fácil pintar na rua, é muita coisa que a gente precisa levar em consideração. Mas as dificuldades sempre fazem a gente crescer. Temos que mostrar nossa força, nossa potência”, conta. Sua obra também tem um caráter de democratização da arte. Segundo ele, seus processos criativos envolvem “trazer os traços abstratos comumente encontrados apenas nas galerias de arte para a rua”. 

        Artista Lavi colorindo a avenida Rebouças

        O artista plástico é refugiado da República Democrática do Congo, tem 28 anos e gosta de comer feijoada, apesar de passar grande parte do seu dia em seu ateliê, pintando e criando. Saiu de seu país por sofrer perseguição política, em 2015, quando estudava o último ano na faculdade de Belas Artes. Com seus colegas estudantes, atuavam como resistência à Guerra Civil que acometia seu país, fazendo grafites que desagradavam o governo da época. Eram constantemente ameaçados. “Eu já tinha perdido muitos amigos na faculdade e tinha muito medo do que poderia acontecer comigo”, relembra.

        Chegando ao Brasil, foi acolhido com todo coração pela Estou Refugiado. “Se eu sou o Lavi que eu sou hoje, é graças a Estou Refugiado. Foi ela que me deu sorriso, esperança, força de levantar e trabalhar. Foi a primeira ONG que me ajudou realmente e indicou meu primeiro emprego. Me acompanharam em muitas coisas boas e também em momentos difíceis da minha vida, ressalta.

        Artista Shambuyi colorindo a avenida Rebouças

        Lavi trabalhou por quatro anos como diretor artístico em uma agência de publicidade. Hoje, atua como artista independente e atua no Cores do Mundo, entre outros projetos. É  ele que colore os tapumes da Pedra Forte na Rebouças e que também realizou uma obra anterior na empresa de chocolates Dengo. 

        O Cores do Mundo se sustenta em três pilares: renovação urbana, efervescência cultural e desenvolvimento econômico. Pela dimensão urbana, o projeto traz novas cores e formas de expressão, raramente vistas na cidade. Pela dimensão cultural, permite a aproximação entre culturas, de modo a estimular a diversidade e a inclusão. Por fim, a dimensão econômica é contemplada a partir da concepção de que a diversidade é um importantíssimo elemento de estímulo à produtividade humana.

        Mas o projeto está só começando e ainda pretende preencher com cor e esperança muitos outros espaços da nossa cidade. Se você é do ramo empresarial, de construção civil, arquitetura, empreiteiras ou urbanismo, entre em contato com a Estou Refugiado e vamos criar juntos um projeto exclusivo. As obras podem ser realizadas em tapumes e/ou paredes provisórias de suas construções. 

        Entre em contato pelo e-mail [email protected], que o Cores do Mundo criará um projeto bacana.