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        Brasilidade: Aprender português como parte da adaptação

        Brasilidade: Aprender português como parte da adaptação

        AULAS DE PORTUGUÊS DA ESTOU REFUGIADO ESTÃO EM NOVO ENDEREÇO

        No decorrer deste mês, realizou-se o curso intitulado “Acolher e Ensinar Português – Formação Continuada para Professores de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) e Voluntários”, fruto de uma parceria entre o Instituto Aracatu, Grupo Sou Brasil, Projeto Brasil com Pipoca, Brasileirices e as professoras Luhema Ueti e Olívia Yumi. O curso contou com uma taxa de inscrição simbólica, revertida integralmente para o Instituto Estou Refugiado. Mais de 70 pessoas se inscreveram, resultando na arrecadação de R$ 3.015, valor destinado às famílias e às pessoas em situação de refúgio acolhidas pela Estou Refugiado.

        A experiência proporcionou a união de diversos professores, atuantes em diferentes Organizações Não Governamentais e núcleos da sociedade civil, os quais compartilharam experiências, testemunhos, e aprenderam como contribuir para um ambiente mais acolhedor no ensino do português para refugiados. Dessa forma, o encontro de professores e voluntários de PLAc (Português como Língua de Acolhimento) em um único espaço representou um marco significativo.

        A iniciativa foi idealizada pela professora Luhema Ueti em conjunto com a professora voluntária Iracema Guimarães, que faz parte do Instituto Aracatu, juntamente com as professoras Olivia Yumi, Graziela Forte, Camilla Villela e Lucila Matsumoto, que contribuíram para esse projeto educacional. Elas ministraram o curso voluntariamente, com o objetivo de unir forças e reduzir as distâncias entre várias ONGs que prestam assistência aos refugiados em São Paulo.

        O aprendizado da língua é fundamental para acolher os estrangeiros em situação de refúgio; assim, o PLAc facilita o processo de aprendizagem do estudante. As aulas de português com uma metodologia adaptada especificamente para refugiados e migrantes faz toda a diferença nesse processo. As professoras, que estiveram à frente do curso, acreditam na criação de um ambiente mais acolhedor para os recém-chegados ao Brasil e defendem que dominar a língua local é essencial para assimilar a cultura e se adaptar ao novo ambiente. 

        De acordo com Darcy Ribeiro, a cultura brasileira, ou a brasilidade, não pode ser mensurada de maneira clara e detalhada. No entanto, podemos compreendê-la como uma rica união de valores e características resultantes da sobreposição de diversas culturas que convergiram para o território nacional. Foi através do contato e, muitas vezes, do conflito que a cultura brasileira se forjou e continua em constante evolução. Portanto, o curso ministrado pelas professoras nos mostra a cultura como parte integrante no acolhimento às pessoas em estado de refúgio.

        A cultura e a língua de um país são partes cruciais no processo de adaptação. De acordo com a professora Iracema Guimarães, “não se aprende uma língua sem que se entenda a sua cultura”. Nesse sentido, o ensino de Português como Língua de acolhimento (PLAc) é fundamental para que imigrantes e refugiados possam estar de forma efetiva na sociedade brasileira. Com o apoio dos professores voluntários em várias Ongs podemos alcançar grandes benefícios, não só no que tange o ensino do português, mas na integração desses indivíduos a uma nova sociedade.     

        Novo endereço

        As aulas de português do Instituto Estou Refugiado estão em novo endereço. Fica na Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto, 588 – Pinheiros, São Paulo – SP, 05415-020. O espaço pertence ao Rotary Club de São Paulo, em Pinheiros.