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Projeto de Moda e Costura no coliving da rua Goitacás

A moda para as mulheres afegãs tem um significado de empoderamento feminino. No Afeganistão, as restrições impostas às mulheres trouxeram a obrigatoriedade de uma vestimenta, a burca, que cobre todo o corpo da mulher, diferentemente do véu ou do hijab, que são símbolos culturais. Há liberdades apenas no interior das vestimentas obrigatórias, onde vivem os perfumes, as cores e as várias possibilidades de tecidos.

Respeitando a cultura dessas mulheres, vemos que a moda simboliza representatividade, seja com o hijab ou sem ele. A professora voluntária, a estilista Daniele Mifano, desenvolveu um delicado projeto de Moda e Costura para o Instituto Estou Refugiado. Acontece duas vezes por semana com um grupo de mulheres afegãs que estão acolhidas nos colivings da Estou Refugiado.

Esse projeto é significativo, pois, após mais de dois anos sob o novo regime, as mulheres afegãs foram forçadas a usar a burca e perderam direitos fundamentais, como o acesso à educação e a espaços públicos. O índice de suicídio entre elas aumentou devido às pressões e restrições impostas.

A oficina traz noções básicas de costura e aprimora as habilidades de quem já tem familiaridade com o ofício. O objetivo geral desse novo projeto é oferecer uma opção para geração de renda, mostrando outras oportunidades como o empreendedorismo.

O curso também desenvolve a criatividade das mulheres afegãs, que poderão se expressar através da moda. As alunas devem experimentar diferentes tecidos, texturas, cores e estilos para criar, no futuro, projetos exclusivos. A criatividade é essencial para o sucesso na indústria da moda, onde a inovação e a originalidade são altamente valorizadas.

O modo de vestir pode ser tanto um símbolo de ativismo como uma forma de expressão. Portanto, defendemos as várias formas de expressão cultural, incluindo o uso dos diversos tipos de véus.

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