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        Empresa American Cookies contrata refugiados e promove inclusão e diversidade

        Empresa American Cookies contrata refugiados e promove inclusão e diversidade

        De acordo com o relatório da ACNUR, o deslocamento de venezuelanos é considerado o maior êxodo da história recente da América Latina e do Caribe, mais de 4,5 milhões de pessoas até o final de 2019. Além de deixar a sua terra natal, sua família e, muitas vezes, a carreira para trás, a maioria dos refugiados ainda precisa lidar com a dificuldade de encontrar emprego e trabalho, fazendo com que muitos se mantenham em situação de vulnerabilidade. A Estou Refugiado se especializou em ajudar os refugiados a encontrarem um bom emprego no Brasil, apostando em programas de inclusão e integração com empresas parceiras, como a American Cookies.

        “Além do acolhimento e da diversidade, queremos mostrar para as empresas brasileiras todos os outros benefícios de inserir um refugiado em seu time. Desde uma menor taxa de rotatividade na equipe até um maior engajamento e comprometimento dos funcionários”, explica Luciana Maltchik Capobianco, diretora da Estou Refugiado. Ela explica que existe uma falta de informação por parte de algumas empresas na hora da contratação,  e que as organizações sociais que trabalham com o tema dos refugiados ajudam a quebrar esse paradigma. “Os refugiados, além de falarem diversas línguas, trazem para a empresa a questão da diversidade, da inclusão e as cores de uma diferente cultura. São motivados e agradecidos e abraçam a empresa dando muito valor ao trabalho conquistado”, acrescenta. 

        A American Cookies se aliou à Estou Refugiado para a contratação de profissionais refugiados

        A American Cookies é uma rede brasiliense especializada no biscoito americano (cookie) que atualmente conta com três venezuelanos no seu time, após parceria com a Estou Refugiado. Desde que a marca cresceu e passou de uma dark kitchen para uma rede encorpada com mais de 20 unidades espalhadas pelo Brasil, ela tem buscado ações para promover a inclusão e a diversidade da equipe. 

        Segundo a sócia-fundadora e CEO da rede, Francielle Farias, a parceria foi fundamental  para o sucesso do processo. “Quando conheci a ONG Estou Refugiado, fiquei encantada com o projeto, porque poderíamos acolher com amor e trabalho pessoas que tiveram que começar do zero em um país estranho”. Ela conta que a primeira contratação de um trabalhador venezuelano foi especial. “Ele se tornou um dos funcionários mais engajados e queridos da rede”, conta. Depois dele, outros dois venezuelanos e um paquistanês para a fábrica em Brasília também foram contratados. 

        Além de promover a inclusão e a diversidade, os trabalhadores refugiados ainda ajudam outros profissionais a desenvolverem suas habilidades de liderança enquanto mentores e a aumentar o comprometimento com o trabalho. “A meta da American Cookies é contratar outros 10 até o final do ano, quando a rede atingir a meta de 40 unidades espalhadas pelo Brasil”, acrescenta a empreendedora.

        Luiz Rodrigues Ortega, cantor de ópera de 22 anos, é um dos que acabam de ser contratados para a nova operação da American Cookies no Brooklin Novo, em São Paulo. “Encontrei hospitalidade e acolhimento com a equipe da American Cookies e um trabalho onde consigo me sustentar e ter uma vida digna para correr atrás dos meus sonhos. Consegui participar de um programa de música do SESC e participei de vários shows por São Paulo, antes da pandemia. Nesse meio-tempo, também consegui tirar a minha cidadania para morar legalmente no Brasil. Agora, com trabalho e documentação certinha, sigo correndo atrás do meu sonho de ser cantor profissional”, conta Ortega.