Feche os olhos por um instante e imagine que você foi obrigado a deixar o Brasil. Por alguma circunstância alheia ao seu controle, você teve que deixar para trás seus entes queridos e está agora em um país estranho, com costumes diferentes, onde não entendem o que você fala e você também não entende o que tentam lhe dizer. Assustador, não?
Agora, abra os olhos e experimente enxergar o que está em torno de você. É possível que nos últimos dias pelo menos um refugiado tenha atravessado o seu caminho. Atualmente, eles já são mais de 170 mil, entre refugiados reconhecidos e solicitantes de refúgio, espalhados por todo o país. Eles vieram para cá porque estavam ameaçados de morte, envolvidos contra a vontade em guerras civis, lutas religiosas ou perseguidos por motivo de religião, raça, orientação sexual, opinião política e outros. Para eles, portanto, o Brasil é a Terra da Vida, a Terra da Liberdade. Cabe a nós fazer com que sintam que é também a Terra da Dignidade.
Em 2015, a Estou Refugiado nasceu da convicção de que a questão do refúgio estava envolta em uma densa nuvem de desinformação e preconceito. Era preciso tomar uma atitude para mudar esse cenário, dando voz, visibilidade e dignidade a esses seres humanos que precisam muito do nosso apoio e da nossa compreensão.
Pouco tempo depois, em abril de 2017, a criação de uma máquina de CVs chamou a atenção. Além de distribuir milhares de currículos, o totem interativo tem o objetivo de passar de forma bem impactante a mensagem contra o preconceito através de vídeos de refugiados.
Em março de 2019, o “Estou Refugiado” se formaliza como uma Organização Não Governamental. Com a colaboração de voluntários, profissionais de Recursos Humanos, psicólogos, comunicadores e com direção de Luciana M G Capobianco, a ONG tem como foco a inserção de refugiados no mercado de trabalho.
Um dos maiores desafios da “Estou Refugiado” em 2020 é a reinserção dos venezuelanos que vem para o Brasil em busca de oportunidades. Mais de 500 deles cruzam a fronteira todo dia e a grande maioria se estabelece em Roraima, especialmente em Boa Vista e Pacaraima. Por isso, estamos com uma equipe nestes locais para entrevistar e fazer seleção destas pessoas, para que cheguem em São Paulo já com trabalho garantido.
Experimento social no Tinder. Usamos o app de encontros Tinder para medir o nível de preconceito em nossa sociedade. Foram criados dois perfis para o mesmo refugiado, que foi apresentado de duas formas, como “estrangeiro com formação superior, atualmente radicado no Brasil, interessado em conhecer brasileiras”, e como refugiado propriamente dito, com as mesmas características do outro perfil. As reações aos dois perfis – radicalmente diferentes – foram transformadas em vídeo que foi publicado no nosso canal no YouTube.
Crowdfunding para bilhetes de ônibus. O problema: muitas vezes, ao receber ofertas de emprego, os refugiados não conseguem ir até os estabelecimentos por não terem dinheiro para a condução.
Solução: um projeto de arrecadação de fundos para facilitar o deslocamento dos refugiados. Resultado: distribuição de centenas de cartões com crédito de bilhetes únicos.
Totem interativo, a Máquina de CVs. Em 2017, fomos convidados para apresentar nosso trabalho no Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Aproveitamos essa oportunidade e criamos um totem interativo que desde então vem percorrendo espaços culturais públicos e privados, obtendo a adesão de empresas para o nosso projeto de inserção de refugiados no mercado formal de trabalho. O totem tem um monitor de TV para exibição de fotos com rostos de refugiados em rápida sequência. Acima do monitor, em letras grandes, uma frase instigante: Você acredita em destino?. Abaixo do monitor, há um grande botão verde que, quando apertado, é exibido um vídeo com a história de um desses refugiados. Ao mesmo tempo em que o vídeo é apresentado, o currículo do refugiado é impresso e sai por uma abertura ao lado do monitor, podendo ser recolhido por quem está assistindo o vídeo.
A ideia provocou tanto interesse que o totem passou a ser requisitado para dezenas de eventos sociais e culturais. A Máquina de CVs já passou pelo Allianz Park, no estande que a ACNUR montou durante um TEDx, pelo Itaú Cultural, pela Livraria Cultura, pela 33ª Bienal de Arte de São Paulo, diversos SESCs, e muitos outros espaços culturais e recepções de grandes empresas.
Veja a repercussão no Jornal Nacional: https://globoplay.globo.com/v/6360970/
A Estou Refugiado recebeu, em 2020 e 2021, o Selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura Municipal de São Paulo, em suas 3ª e 4ª edições, na categoria “Imigrantes”, como reconhecimento de nossas melhores práticas de promoção dos direitos humanos e valorização da diversidade com iniciativas de inclusão do refugiado no mercado de trabalho.
Trabalhamos permanentemente junto às empresas para garantir oportunidades de trabalho para os refugiados que nos procuram. Ter um emprego é fundamental para que eles possam ter de volta as esperanças perdidas nas adversidades que viveram. Boa parte dos refugiados que procuram a ONG tem boa qualificação profissional.
Para que essa inserção no mercado de trabalho seja assertiva, realizamos entrevistas com refugiados e selecionamos os melhores currículos para a vaga oferecida. Atualmente com a crise provocada pelo Coronavirus todas as entrevistas estão sendo feitas remotamente.
Precisamos, mais do que nunca, da sua ajuda!
Precisamos de mais ofertas de vagas, pois a cada dia cresce o número de refugiados que nos procuram.
Precisamos também de doações, pois nosso trabalho é estritamente voluntário. https://estourefugiado.com.br/faca-uma-doacao/
E precisamos de divulgação. Participe das nossas redes sociais. Comente, compartilhe, e nos ajude a mudar a vida de tantos refugiados que atendemos!
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